23 de março de 2011

Adeus ou vai-te embora!

Foi preciso chantagear. Foi preciso fazer jogo sujo. Foi preciso fazer-se de vítima. Pobre do homem sacrificado, que sempre fez tudo por todos (ou só por aqueles da sua laia?)!

Conclusão: José Sócrates demitiu-se. Mas em tudo há um lado positivo - o Primeiro-Ministro provou ao país que, afinal, até é capaz de cumprir uma promessa.

Maria João, és um génio!



8 de março de 2011

Uma tarde (bem) nipónica

E que bela tarde a do dia 5 de Março, passada em boa companhia na festa tradicional japonesa ENNICHI 縁日!





O espaço era pequenino para a afluência que viria a ter mas a decoração, os kimono e a calorosa recepção dos japoneses que organizaram a Festa de Cultura Japonesa Tradicional e Contemporânea fizeram-me esquecer esse pormenor e experienciar da forma mais genuína possível o ambiente dos conhecidos matsuri ou festivais nipónicos.

Não fiquei o tempo suficiente para ver o Teatro de Sombras por Beniko Tanaka ou assistir à performance de Guilherme de Llera a tocar tambores japoneses, no entanto, desfrutei do resto ao máximo: vi o artesanato e os outros artigos que estavam à venda, experimentei o Yo-yo Tsuri (um jogo que consiste em pescar com uma corda de papel o maior número possível de balões mergulhados num recipiente; o truque é ter rapidez e destreza suficientes para fazer durar a corda) e, finalmente, provei dango (um bolinho feito de farinha de arroz) e takoyaki (bolinhas fritas de polvo) mas também havia sushi e yakitori (espetadas de frango). Para beber, a escolha ia desde sake, sangria japonesa e cerveja Kirin até ao delicioso chá verde do Castella do Paulo que, pertinentemente, marcou presença.




Artigos à venda




Os brincos em origami que ofereci à minha mana :)




Os meus onigiri :)




Bolachinhas de arroz para a família :)




Petiscos (adoro aquelas roupas tradicionais!)




Os balões do Yo-Yo Tsuri (e a minha paixão de 5 minutos *_*)




O yo-yo que consegui à primeira tentativa (logo a seguir, a corda desfez-se...)!




Dango




Castella do Paulo, famoso pelo bolo kasutera (o pão de ló japonês)


Agradeço muito a todos os que tornaram este evento possível, à Débora por me ter informado (senão a festa ter-me-ia passado despercebida... é o que dá ser anti-facebook ^^') e às minhas amigas que me acompanharam. :)

Nota: Todas as fotografias, exceptuando a dos artigos comprados, foram retiradas da página oficial do evento (ver aqui).

1 de março de 2011

O lar

Que vergonha! Há tanto tempo que não escrevo no blogue (um espaço cibernético que, por norma, deveria estar actualizado)! Não por causa da falta de ideias mas, na maior parte das vezes, por falta de tempo (ou má gestão do mesmo) ou por haver coisas mais interessantes para fazer. Agora que lhe limpei o pó, espero que esta situação não se repita (brevemente).

Como o recomeço de qualquer actividade requer um esforço redobrado, vou escrever sobre um assunto ligeiro, do dia-a-dia, mais concretamente, um dos temas de conversa do serão de ontem.

Falávamos da necessidade de ponderar e reflectir sobre escolhas e decisões, da importância de não correr atrás do que dá prazer mas é efémero, do valor que têm a opinião e a intuição de quem nos acompanha. Mediante isto, veio à memória do meu pai o caso de alguém conhecido que queria mudar de residência porque não gostava do lugar onde morava (e com razão). O conselho que ele acabou por lhe dar foi para não proceder à mudança, visto que iria deslocar-se para mais longe do local de emprego, acabando por vir a ter despesas maiores. Chegas a casa, fechas os estores, ligas a televisão, lês um livro e nem dás conta do sítio onde estás, terá sido a frase persuasiva que determinou o fim de um desejo ou ambição.

Eu discordei, prontamente. Para me sentir verdadeiramente em casa, não basta esta ser a dos meus sonhos ou, sem exagerar tanto, ser um espaço onde me sinta segura e confortável. A minha boa disposição desvanecer-se-ia num ápice se tivesse que mergulhar no mundo fictício para esquecer o sítio onde moro. Para mim, abrir a janela e deixar a luz do sol invadir o meu quarto é um ritual que me dá força e alegria, tal como absorver uma paisagem bonita e cuidada ou passear nas redondezas sem receio.

Com isto quero dizer que, na minha opinião, o lar não se limita à área circundada pelas paredes de cimento onde comemos e dormimos, mas é um termo que inclui igualmente a zona em que residimos e, naturalmente, as pessoas com quem vivemos. É o equilíbrio destes três factores que me dá a confiança suficiente para dizer, quando chego a casa, lar, doce lar.





Concordam?